O presente trabalho tem como objetivo estabelecer um estudo comparativo entre os universos poéticos das respectivas autoras, brasileira e argentina, Hilda Hilst (1930-2004) e Alejandra Pizarnik (1936-1972). Os embates com a palavra e as suas múltiplas significações fazem do exercício poético dessas autoras uma experiência de conhecimento e libertação da consciência existencial do ser do humano. Com base nos temas do corpo e da linguagem, realizamos assim um recorte bibliográfico de duas obras poéticas: Amavisse (1989), de Hilda Hilst e Los Trabajos y Las Noches (1965), de Alejandra Pizarnik. Como horizonte interpretativo interessa-nos as perspectivas filosóficas e semióticas de Merleau-Ponty (2011, 2012, 1991) e Eernest Fenollosa (1986), segundo os quais os modos de operar e construir sentidos através da/ na linguagem podem deter uma dinâmica que coloca em intersecção as significações dos signos linguísticos e os sentidos dos signos do corpo.