O presente estudo visa abordar as três personagens femininas de maior destaque do romance de 1992 de Rachel de Queiroz, intitulado Memorial de Maria Moura, sendo elas: a protagonista Maria Moura, e as personagens secundárias Firma e Marialva. O foco deste trabalho está em como as personagens são representadas no romance, e como são passadas para a minissérie homônima, de Jorge Furtado e Carlos Gerbase, que foi ao ar pela primeira vez na Rede Globo em 1994. Procuraremos analisar suas principais características, a forma como agem e como falam, como se vestem, tanto na narrativa de papel como em sua adaptação televisiva. Analisaremos, também, quais tiveram menos ou mais destaque na minissérie e o porquê dessa mudança. Além disso, buscaremos ver de que forma essas personagens se configuram como figuras femininas de resistência, pois todas elas, de certa forma, vão de encontro e desafiam a sociedade patriarcal na qual se encontram – bem como quase todas as personagens de Queiroz. Talvez seja por isso que Duarte (2005, p. 105) classifica as obras de Rachel de Queiroz como “espécie de marco ou emblema do processo de emancipação social da mulher brasileira no século XX”. Para a realização deste estudo utilizaremos os estudos de Linda Hutcheon, Robert Stam e Lucia Zolin.
Palavras-chave: Rachel de Queiroz, Memorial de Maria Moura, Personagens femininas