Este artigo tem como objetivo discutir a formação do leitor a partir de uma abordagem histórica e sociológica, levando em consideração as formas limitadas de leitura praticadas durante os séculos XVIII e o XIX. Abordaremos alguns fatores sociopolíticos e culturais que contribuíram para a expansão do público leitor na época e a inserção de novos leitores e a mudança no seu gosto de ler, como compradores de textos ficcionais, representativos de seu cotidiano. Destacaremos ainda, uma ampliação do leitor do século XVIII e seu crescimento no Brasil dos oitocentos, relacionando a preferência do novo leitor para as leituras de romance. Quais foram os fatores da época que fizeram com que o leitor de textos religiosos buscasse uma leitura para o prazer e distração, proporcionados pelo romance moderno? Utilizaremos a história da literatura e a crítica literária para analisarmos a dimensão sociocultural e o universo literário projetado na época. Para construirmos este trabalho, valeremos dos estudos de Antonio Candido (19751973); José Verissimo (1961); Rubens Alves Perreira (1999); Jorge de Souza Araújo (1999); Marisa Lajolo e Regina Zilberman (1996/2001); Roger Chartier (1994/1999/1998/2001) e Márcia Abreu (1999/2003); Ian Watt (1999).
Palavras-chave: Formação do leitor, práticas de leitura, Novos leitores