No romance Belém do Grão–Pará (1960), de Dalcídio Jurandir, é observável as ruinas deixadas pela decadência de um ciclo econômico que anunciava o progresso na Amazônia. Nessa perspectiva, podemos pensar que os personagens infantis surgem nessa narrativa como figuras metonímicas do desnudamento que apontam para a condição de exceção em vivem/resistem os que estão à margem de qualquer privilégio no contexto amazônico pós-Belle époque. Para conformar esse olhar sobre a obra dalcidiana , tomo como chaves de leitura as ideias de Giorgio Agamben sobre Vida Nua, bem como as considerações sobre resistência de Alfredo Bosi.