O doador de memórias (The Giver, 1993), de Lois Lowry, é o primeiro volume da
quadrilogia de um mundo pós-apocalíptico, em que cada um desempenha sua função
preestabelecida e tem o destino ditado pelo Comitê de Anciãos, numa sociedade em que a
memória inexiste enquanto História e onde se preconiza igualdade como condição de existência.
Sob a ótica da quebra da barreira entre leitura literária enquanto formação meramente escolar e a
formação política, proponho que os elementos literários de O doador de memórias, tais como
personagem, espaço, atmosfera e enredo, constroem uma trama literária intensa que explora
censura, memória, identidade, igualdade e (falta de) liberdade, e resultam na formação política do
jovem leitor.
Palavras-chave: distopia; formação política; literatura juvenil.