Em muitas narrativas distópicas, é possível observar que o corpo é um elemento
central para a construção das sociedades opressoras que relatam. Nessas obras, o corpo fala ao
leitor, revelando a dimensão dos horrores do mundo representado nessas narrativas. Essa
tendência pode ser observada também na produção distópica recente da literatura juvenil, que
veio dominando nesta década o mercado editorial e cinematográfico voltado para o público
adolescente. Este trabalho pretende, então, discutir a forma como o corpo é abordado nas
distopias clássicas e juvenis, mostrando suas funções e suas implicações para a identidade dos
sujeitos dessas narrativas.
Palavras-chave: Literatura juvenil; distopia; corpo.