A emergência, na literatura brasileira contemporânea, de vozes secularmente
silenciadas vindas das periferias urbanas, denominadas Literatura Marginal, leva à contestação
dos discursos hegemônicos, colocando em evidência novas identidades e, por conseguinte,
forçando a revisão de discursos identitários já consolidados. Este artigo pretende discutir tal
fenômeno no intuito de trazer à tona intensões que estão camufladas nas frestas dos discursos
hegemônicos. Para tanto, o livro de contos Ninguém é inocente em São Paulo, no geral e, mais
especificamente o conto “O plano, de Ferréz”, servirão de escopo investigativo.
Palavras-chave: Literatura Marginal; Identidade; Inocência; Violência