Giseli Seeger (UFSM), Alana Francisca da Silva Hoffmann (UFSM)
Figura engajada na implantação do Neorrealismo português, Carlos de Oliveira
abandona gradualmente o pendor comprometido de sua obra inicial. N’Uma abelha na
chuva (1953), a fidelidade neorrealista começa a abrir fissuras, que, em Finisterra.
Paisagem e Povoamento (1978), configuram-se já como deriva em direção a um processo
de escrita revolucionário (REIS, 2004). Aproximando essas duas narrativas, pretendemos
demonstrar, em linhas bastante gerais, que são os modos de construção da perspectiva
narrativa o principal meio por que a obra de Carlos de Oliveira concretiza uma nova
concepção do literário.
Palavras-chave: Perspectiva; Uma abelha na chuva; Finisterra; Carlos de Oliveira