O corpo feminino da mulher negra gira em torno de duas representações: O corpo
sexualizado da mulata e o corpo renegado da mulher negra empregada doméstica dedicado a
desempenhar funções laborais. Sendo assim, compreendemos que essas representações
contribuem para a solidão da mulher negra (PACHECO, 2008). Logo, percebemos que o tornarse
mulher (BEAUVOIR, 2016) e o tornar-se negra (SOUSA, 1983) operam na esteira da
negritude (BERND, 1983). Dessa forma, a literatura afrofeminina (SANTIAGO, 2012) nos
servirá de base para analisarmos a novela social “Os corpos e Obá contemporânea” da escritora
pelotense Helena do Sul (1940-2009).
Palavras-chave: Negritude; Obá; Iansã; Literatura afrofeminina