João Cabral começou a escrever as notas sobre A casa de farinha (1966 a 1985) no
auge de sucesso de Morte e vida Severina e a escrita deste dossiê avançou na (re)construção de
personagens, cenário, temas, subtemas, hipóteses. Neste sentido, o presente estudo objetiva
analisar a construção destes elementos dramáticos em torno do último dia de trabalho na casa de
farinha. As três páginas com citações do livro L’amateur de Théatre (1952), de Pierre-Aimé
Touchard, mostram a preocupação do poeta em encontrar a forma mais adequada para
desenvolver os choques e as discussões entre os personagens, os diálogos e o movimento
dramático deste auto que tenta traduzir a voz dos trabalhadores da casa de farinha.
Palavras-chave: Casa de farinha; manuscrito; auto; João Cabral de Melo Neto