Em abordagem sobre a negritude, pela expressão da memória de remanescentes
africanos, a poética de Bruno de Menezes, poeta paraense, traz a figura do negro na luta para se
inserir na sociedade de Belém, marcada pela hegemonia da cultura europeia. Embora distante da
manifestação em prol da negritude, iniciada em Paris por estudantes negros de colônias francesas,
Bruno de Menezes mostra o negro em semelhante busca, contrapondo-se aos atributos do
colonialismo etnocêntrico imposto aos países latino-americanos. Como narrativa memorialística
de traços identitários afro-americanizados, propõe-se aqui a análise do poema “Cachaça”, com
focalização na resistência do negro contra o poder do senhorio.
Palavras-chave: Negro; Negritude; Identidade; Memória; Poder