Ecos da tragédia grega antiga ressoam no teatro até a atualidade. O fenômeno de
reescrever um clássico no teatro contemporâneo é frequente tanto na Irlanda quanto no Brasil,
como mostram as obras By the Bog of Cats (1998) e Medeia Mina Jejê (2017). Essa escolha no
processo de criação artística desperta algumas questões como: por que reescrever um clássico?
O que uma obra distante no tempo tem a dizer sobre o tempo presente? Este estudo tem o
objetivo de refletir sobre essas questões, considerando a hipótese de que as Medeias
contemporâneas se apropriam do clássico para despertar um novo olhar sobre a mulher e o
infanticídio.
Palavras-chave: Medeia; Eurípides; Teatro irlandês; Teatro brasileiro; Intertextualidade;