Tem sido cada vez mais comum na atualidade o fato de muitas obras apresentarem
como proposta estética a reescrita de uma obra já existente, evidenciando, assim, a
intertextualidade como ato de criação literária. Partindo disso, o presente trabalho tem como
objetivo analisar a peça teatral A Última Viagem de Borges, de Ignácio de Loyola Brandão,
buscando evidenciar como ocorre o diálogo intertextual entre a obra de Brandão e os contos
Funes el Memorioso e La Biblioteca de Babel, inseridos na obra Ficciones (1944), escrita por
Jorge Luis Borges. Para tanto, utilizaremos como principal base teórica Barthes (1968),
Foucault (1969), Kristeva (1969), Compagnon (1979) e Hutcheon (1985).