Gladson Fabiano de Andrade Sousa (UFMA), Rita de Cássia Oliveira (UFMA)
O presente trabalho visa analisar o conto “O Homem que adivinhava” (1966) do escritor
brasileiro André Carneiro à luz da crítica a sociedade do espetáculo. O conto centra-se na
trajetória do personagem, que se descobre detentor do dom de prever o futuro. Em seu curso as
engrenagens do lucro e da publicidade se apoderam de suas habilidades sobrenaturais com
intenções de mercado, manipulando-as através da espetacularização. O protagonista se depara
com a criação de uma imagem de si mesmo diante dos espetáculos constantes, até notar que “tudo
o que era vivido diretamente tornou-se representação” (DEBORD, 1997). Para esta análise, serão
utilizadas as obras Sociedade do espetáculo (1997) do francês Guy Debord, assim como os
postulados críticos de Adorno e Horkheimer presente na obra Dialético do esclarecimento (2006)
no tocante à crítica a Indústria Cultural e alienação do indivíduo nas sociedades modernas.
Palavras-chave: André Carneiro; Ficção científica brasileira; Sociedade do espetáculo; Indústria Cultural.