Partindo, principalmente, do ensaio de Roland Barthes, “A morte do autor”, e da
noção barthesiana de escritura, o presente trabalho pretende elucidar a corpografia de Herberto
Helder como uma escrita de si, ainda que dela esteja ausente a autorreferencialidade. Proponho
pensar que podemos considerar esta poética uma inscrição do corpo em meio à subtração da
brutalidade biográfica. Nesse sentido, para o pensamento do retorno do autor enquanto corpo
esgarçado pela pratica da escritura – proposta barthesiana de O prazer do texto e Sade, Fourier,
Loyola – o que proponho chamar, com Herberto Helder, de corpografia é medular.
Palavras-chave: Herberto Helder; Corpografia; Roland Barthes