Uma das obras góticas mais importantes é Frankenstein (1818), de Mary Shelley.
Entre as diversas inovações que a obra trouxe à literatura, está o fato de se repensar questões
como a personificação do mal em personagens grotescas ou monstruosas. A criação de Victor
Frankenstein se mostra um ser capaz de grandes feitos de altruísmo, mas cuja condição física o
torna um excluído. Em A Forma da Água (2017) este arquétipo é revisitado na conturbada
década de 1960 dos EUA, cujos conflitos são essenciais para a compreensão da dualidade
humanidade x monstruosidade presente no filme. Assim, este trabalho busca analisar a releitura
do arquétipo criado por Shelley e sua releitura no cinema, com ênfase em A Forma da Água.
Palavras-chave: arquétipo; Frankenstein; A Forma da Água; Gótico; monstruosidade.