O artigo traz ao contexto da recepção crítica de São Bernardo aspectos dos anos 1930 que parecem
ter perdido relevância na atualidade. Assim, a reconstituição do horizonte de expectativas do
período, especificamente a dimensão pública do debate (ampliada pela leitura dos jornais, revistas,
boletins, ofícios, relatórios de governos, manifestos, entre os mais diversos materiais escritos que
orbitam o advento da publicação do romance), mostra, conforme Lukács, “[...] como é rico e
variado o modo pelo qual a dialética de universal e particular se manifesta na realidade históricosocial”.
(1968, p. 88). Portanto, procuraremos nas relações paralelas ao literário (a publicidade, por
exemplo) o diálogo que nos anos 1930 pauta as ideias em torno do romance e seu autor.