Ao assumir a posição de flâneur, o escritor Paulo Barreto, usando o pseudônimo de
João do Rio, percorreu ruas, vielas e diferentes espaços do Rio de Janeiro do século XIX. O
mesmo fez Charles Baudelaire ao colocar no papel uma sociedade francesa deixada à margem e
silenciada pela falta de espaço e oportunidade. A presente pesquisa realiza uma aproximação entre
as obras A alma encantadora das ruas, de João do Rio, e os poemas em prosa de Le Spleen De
Paris, escrito por Baudelaire. A partir de tal estudo, busca-se compreender como ambos autores
desenvolveram o olhar do flâneur diante das mazelas sociais de sua época.
Palavras-chave: João do Rio; Charles Baudaleire; Flâneur; Modernidade