A atividade andarilha por ruas e calçadas da cidade de Porto Alegre revela-se como singular característica da poesia de Mario Quintana. A paisagem cotidiana, percebida pelo
poeta, seria captada e transfigurada na elaboração poética. Por meio do olhar, a composição de um novo ambiente surge, ambiente que define a geografia imaginária que o poeta gaúcho vai redesenhando à medida que caminha. Desse modo, analisaremos alguns poemas, observando a configuração de uma mitologia a partir da reapresentação dos espaços percorridos por Quintana. Portanto, trata-se de verificar a emergência de um novo espaço, lugar do imaginário, da realidade criada pela linguagem.
Palavras-chave: Mario Quintana; poesia; espaço; cidade; cotidiano.