Refletirei sobre duas leituras acerca de Angola e Moçambique, tendo por base as
memórias associadas aos dramas de guerra de um lado, com António Lobo Antunes; e uma
articulação identitária e gradativa da mulher no estrato dessa mesma guerra, com Isabela
Figueiredo, pois cada um simboliza a impossibilidade de o intelectual português desconsiderar a
dimensão social que o ato da escrita contém e reverbera. Assim, tais proposições me levam a
pensar na contribuição que ofertaram ao tema, alinhavados pela premissa de uma representação
de África. Ruy Belo, Maria Alzira Seixo, Zygmunt Bauman, Boaventura de Sousa Santos,
Paulina Chiziane, Rita Laura Segato e José Gil me ajudarão teoricamente nesse percurso.
Palavras-chave: Salazarismo; Pós-colonialismo; Literatura Portuguesa; Literatura Moçambicana; Transgressão