Este artigo se propõe a discutir o procedimento de modulação em arte como elemento
determinante na fundamentação do objeto estético, tanto nos movimentos da literatura e
sobretudo da poesia, quanto nas obras advindas de outros sistemas icônicos ou indiciais. O
artigo elege alguns poetas do expressionismo alemão, como Georg Trakl, que produziram
desrealizações sintáticas, lexicais, prosódicas e semânticas. O interessante é mostrar esses
procedimentos nas artes plásticas, aqui figurativizados na pintura de Edward Munch. Como
resultado, demonstramos que os movimentos tensivos, seja no signo verbal, seja no ícone,
dependem do grau de articulação entre a instância sígnica da semiótica e de sua instância semisimbólica.