O grande Circo Autêntico (1978) e A Árvore dos Antepassados (1994) são duas
produções que articulam aspectos políticos e culturais, inerentes ao processo de colonização e
descolonização de países do Continente Africano, particularmente Angola e Moçambique. A peça
de Abrantes discute o processo neocolonial na República Democrática do Congo (antiga Zaíre).
Na perspectiva política da arte, Azevedo toma uma dimensão de registro das consequências da
guerra civil Moçambicana, quando cerca de um milhão e meio de pessoas entraram em situação
de refúgio nos países vizinhos. Portanto, tanto pelo teatro quanto pelo cinema, a sociedade tornase
representada por discussões pertinentes do mundo em crise.
Palavras-chave: Teatro angolano; Cinema moçambicano; José Mena Abrantes; Licinio Azevedo; Teatro, cinema, política.