Pirandello protagonizou as modestas tentativas de modernizar os palcos brasileiros na
década de 20, seja como campeão das vanguardas, com sua única peça traduzida (Così è, se vi
pare) montada repetidamente por todos que desejavam aparecer no rol de “modernos” e seja como
ilustre visitante, na função de capocomico de sua companhia, em 1927. Na década de 50, sua obra
foi alçada a cânone por críticos influentes e se tornou porta-bandeira da Renovação, com diversos
títulos encenados por diretores italianos radicados em São Paulo. Suas ideias, personagens e
atmosferas influenciaram uma geração de dramaturgos; mas sofreram profunda revisão pela
geração sucessiva, quando sua fortuna anterior serviu de exemplo para descrever uma cultura
elitista, sintoma da crise indentitária da modernidade “importada” alienada da realidade do país.
Palavras-chave: renovação cênica no Brasil, ideias e pessoas viajantes