Nascida na Rocinha, uma comunidade do Rio de Janeiro, Raquel fará desse território um protagonista em sua obra, além de mostrar uma mulher forte e humana, com voz presente e empoderada. O romance “A número Um”, traz a história de Bonitona, mulher que depois de sofrer diversos traumas na sua infância como fome, estupro pelo próprio pai e ter sido vendida para o chefe do “jogo do bicho” da Rocinha, conhece seu marido, um dos maiores traficantes da comunidade, na década de 80. Após a morte do marido, Bonitona, assume os negócios do tráfico na maior comunidade do Rio de Janeiro. No entanto, a personagem, após diversas contradições, opta por largar o mundo do crime e cuidar de si, pois a mesma também acaba se viciando em drogas. “A número Um” é uma obra forte que conta a história de uma sobrevivente de uma sociedade excludente, uma mulher que escapa de um destino trágico. Neste trabalho incorporarei ao uma entrevista com a mesma. O trabalho faz parte de minha pesquisa doutorado em que trará como estudo a Festa Literária das Periferias (FLUPP), esta que lançou Raquel de Oliveira e que está divulgado diversos escritores e escritoras do Rio de Janeiro e do Brasil, de comunidades ou não, e o romance de Raquel de Oliveira.
Palavras-chave: TERRITÓRIO, LITERATURA CONTEMPORÂNEA, GÊNERO, IDENTIDADE