O que é um morto-vivo? Qual a condição ontológica dessa criatura nos loci ficcionais em que habita ou se manifesta? Qual o impacto semântico-interpretativo causado por sua presença nos cronotopos do insólito que lhe são (ou não) habituais? A partir de uma abordagem filosófica sobre esse tipo de personagem, e longe do intento de propor respostas engessadas ou previsíveis para as questões ora levantadas, pretende-se, nesta comunicação, apresentar uma reflexão mais aprofundada sobre a representação dos mortos-vivos nos reinos da ficção, reflexão que possa contribuir para um melhor entendimento das implicações significativas de sua ocorrência nos gêneros, modalidades e suportes ficcionais do insólito.