O jornal foi o suporte responsável pela disseminação do folhetim tanto na Europa quanto no Brasil, ocupando lugar de destaque na produção editorial (MEYER, 1996). Apesar dos amplos estudos realizados acerca deste gênero nos periódicos no Brasil, na Paraíba as pesquisas ainda são incipientes. No intuito de ampliar esse campo de estudo, este trabalho consiste em identificar e listar os folhetins e romancistas que circularam nos periódicos paraibanos, no período de 1850 a 1897, com o objetivo de mostrar a permanência constante de escritores estrangeiros nos jornais paraibanos, indicando a preferência de leitura do público. Para isso, foram consultados os jornais O Tipógrafo (1986), O Mercantil (1883), Diário da Paraíba (1884-85), Arauto Paraibano (1888), Gazeta da Paraíba (1888-89-90), O Estado da Paraíba (1890-92), A Ordem (1894), Gazeta do Comércio (1895-96-97), dentre outros e realizado um levantamento enfatizando a predominância de autores estrangeiros com o objetivo de mostrar que, além de romances escritos por autores nacionais, os periódicos da Paraíba Oitocentista também publicavam, em forma de folhetim, romances estrangeiros traduzidos. Neste trabalho, nos valemos de Meyer (1996) e Watt (2010) para abordar a ascensão do romance; os estudos de Barbosa (2007) sobre os jornais na Paraíba Oitocentista; Chartier (1999) com suas contribuições a respeito da História Cultural; bem como as pesquisas de Moretti (2003) sobre os romances e livros que circularam na Europa.
Palavras-chave: Jornais e Folhetins; Romance; Paraíba Oitocentista.